Page 68 - La Nuit des Feuillentines

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Buscava unicamente uma forma de expressar melhor ou, pelo menos, o menos mal
possível, as diferentes moções da alma de Joana de Lestonnac diante do acontecido e
diante de seu Senhor.
Depois, passei a dividir o texto, tomando, um a um, os diferentes momentos do processo.
Cheguei a distinguir seis “momentos” de luta e de trevas, ao fnal dos quais dá-se um
belíssimo momento de grande quietude e paz, seguido de outros três momentos de
consolação, visões e luz no caminho que se abre ante seus olhos.
No total, são dez imagens e um breve comentário, que ajudarão a compreender a
história.
1. Seguindo literalmente o texto, escolhi representar Joana prosternada, trajando uma
longa veste, extremamente abatida sob o peso da incompreensível “desgraça”. Deseja
vivê-la com Deus. Joana evoca a silenciosa, humilde, amorosa e fel presença de Deus.
Diante dela, no chão, há um ponto de luz, mas ela não o percebe. Este ponto de luz,
nós o encontraremos em cada um dos momentos vividos durante aquela noite, até que
experimentou uma grande paz, dando, assim, unidade à sucessão de imagens.
2. Recorda tantas vitórias que haviam feito sangrar seu coração: as vitórias conseguidas
sobre sua família (Landirás), o mundo (Bordeaux), ela mesma (o barco que a levará a
Toulouse)... Tudo isto em vão? ...
3. “Enganei-me, quando acreditei que estava seguindo vossas ordens?” No entanto, não
agiu sem discernimento. A imagem mostra-a completamente recolhida, como que presa
sob uma espécie de abóbada de pouca altura, grossas paredes e escura; abóbada que vai
se tornando cada vez mais fna, elevada e clara, até chegar à quietude, momento em que
se abrirá em sua parte superior, para dar lugar à manifestação do Espírito Consolador.
4. Com um forte impulso em direção a Deus, Joana lhe suplica: “Falai-me vós mesmo”.
Está totalmente concentrada no único desejo de conhecer e realizar a vontade de Deus.
Não deseja outra coisa, de forma que, se é Ele quem a “tira” das Fuldenses, fca totalmente
consolada.
5. “Se é por minha culpa”... “e não vossa vontade”... Está disposta a fazer penitência. Mas,
onde está a vontade de Deus?
6. O último combate. Como no princípio, Joana recorda: ”as desordens da heresia”, “as
vaidades do mundo”..., evocadas aqui por um céu tempestuoso, que a haviam impedido
de encontrar plenamente a Deus, e o refúgio de paz esperado, e por fm conquistado, das
Fuldenses, está fechado para ela! Este é evocado pelo campanário do Mosteiro, na aurora
que se anuncia, com uma pequena luz que permanece ainda como um último chamado.
Do outro lado, diante dela, por sobre uma cidade que a espera, ainda envolta pela noite,
vislumbra-se um pequeno caminho que se abre misteriosamente em um céu aprazível e
transparente, por sobre todas as agitações, mas ela não o vê... “Onde irei buscar-vos?”
7. Um momento de grande paz e quietude; já não luta; não faz mais perguntas. “Contanto
que Deus esteja em seu coração”, pouco lhe importa o lugar para onde Ele a conduza.
Colocando-se, uma vez mais, completamente nas mãos de Deus, tem o coração totalmente